Por não obter metas, o documento final da RIO + 20, intitulado
como: “O Futuro Que Queremos” causou decepção e diversas manifestações.
Considerado fraco, sem metas e prazos, o texto causa indignação
em grande parte dos especialistas e representantes de ONGs, em todo o mundo.
Para eles, houve muito discurso político, sem uma ação efetiva. E afirmam constar
no documento, que a sociedade civil foi consultada no processo. No entanto, o
texto não reflete a real opinião das pessoas que representam a sociedade.
Em meio aos protestos, uma das presenças mais marcantes,
foi a canadense Severn Suzuki, que aos 12 anos fez um discurso comovente
durante a RIO 92. Severn garantiu, que mantém a esperança de ver um avanço nas
práticas sustentáveis.
Os especialistas e representantes de ONGs escreveram uma
carta de repúdio aos resultados diplomáticos da conferência.
"O Futuro que Queremos não passa pelo documento que carrega este nome, resultante do processo de negociação da Rio+20.
O futuro que queremos tem compromisso e ação, e não só promessas. Tem a urgência necessária para reverter às crises social, ambiental e econômica e não postergação. Tem cooperação e sintonia com a sociedade e seus anseios, e não apenas as cômodas posições de governos.
Nada disso se encontra nos 283 parágrafos do documento oficial que deverá ser o legado desta Conferência. O documento intitulado O Futuro que Queremos é fraco e está muito aquém do espírito e dos avanços conquistados nestes últimos 20 anos, desde a Rio-92. Está muito aquém, ainda, da importância e da urgência dos temas abordados, pois simplesmente lançar uma frágil e genérica agenda de futuras negociações não assegura resultados concretos.
A Rio+20 passará para a história como uma Conferência da ONU que ofereceu à sociedade mundial um texto marcado por graves omissões que comprometem a preservação e a capacidade de recuperação socioambiental do planeta, bem como a garantia, às atuais e futuras gerações, de direitos humanos adquiridos.
“Por tudo isso, registramos nossa profunda decepção com os chefes de Estado, pois foi sob suas ordens e orientações que trabalharam os negociadores, e esclarecemos que a sociedade civil não compactua nem subscreve esse documento.”
SIGNATÁRIOS:
Ashok Khosha, Bill Mackbidden, Camila Tulmin, Fabio Feldman, Juan Carlos Jintrack, Kumi Naidoo, Marina Silva, Mathis Wackernagel, Ricardo Young, Thomas Lovejoy, William Kees, Roberto Klabin, Sergio Mindlin e Yolanda Kakabadse.
Em outro ponto do Rio de Janeiro, outras manifestações
terminaram em vandalismo e houve depredação do Espaço AgroBrasil, no Píer Mauá,
na zona portuária. Em nota a Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil,
repudiou a violência do grupo, que portava cartazes do movimento dos Sem Terra,
além de matérias de outros movimentos sociais.
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